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domingo, 28 de março de 2010

Profs....a culpa é deles!

Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é
(sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a
contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta
ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo
menos os que vão conseguindo escapar com vida.

É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna,
esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os
professores.

Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram
uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e
todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.

O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum
tipo de sabedoria, tê-la-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos
nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não. A
menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.

O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a
andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a
delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações
sexuais - até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia
incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.

Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.

Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M.
Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora há os professores masoquistas,
que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.

Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.

Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das
escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes
professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.

Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.

Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe
guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para
o mundo.


Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão

sábado, 27 de março de 2010

Os símbolos da Páscoa


  • O Ovo
    O ovo é um daqueles símbolos que se explica por si mesmo.
    Contém o fruto da vida, que representa o nascimento e a renovação. De uma forma simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.

    Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo nasceu de um ovo.
    Na maioria das tradições, este "ovo cósmico" aparece depois de um período de caos.

    Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa chamada Hamsa (um espírito considerado o "sopro divino") chocou o ovo cósmico e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao céu e à terra (o céu seria a clara do ovo e a terra a gema).

    O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas.
    Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha abriu-se e, dos seus elementos pesados, surgiu a terra (Yin) e, da sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).
    Há vários séculos os orientais preocupavam-se em embrulhar os ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba. Ao retirá-los do fogo, ficavam com desenhos mosqueados na casca. Os ovos eram dados como presentes na Festa da Primavera.

    Para os celtas, o ovo cósmico é parecido com o ovo de uma serpente.
    Para eles, o ovo representava o Universo: a gema era o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, e a casca equivalia à esfera celeste e aos astros.

    Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da Natureza.
    Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante o resto do ano (ora vejam os folares da Páscoa!).
    E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças!


  • O Coelho
    Por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas, a sua imagem simboliza a renovação e a vida nova.

    A tradição do coelho da Páscoa não é portuguesa; foi levada para a América por imigrantes alemães em meados de 1700.

    Para eles, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã do Domingo de Páscoa. A tradição não veio para Portugal, mas a imagem do coelho, sim.


  • Os Símbolos Cristãos

    O cordeiro, que simboliza Cristo, o cordeiro de Deus, que se sacrificou em favor de todo o rebanho, que são os homens.

    A cruz que simboliza a morte e a Ressureição de Cristo. É um símbolo de vida e de passagem, novamente.

    A vela (chamada círio) que simboliza a luz e tem gravado os símbolos Alfa (o início - no alfabeto grego) e Ómega (o fim).
    Quer dizer: "Deus é o princípio e o fim de tudo".
in, www.junior.te.pt

Páscoa em Portugal

  • É nesta altura em que se limpam muito bem as casas, se pintam (ou caiam, nas zonas em que isso é habitual) e se arranjam pois irá passar o Compasso (a Visita Pascal), que é uma ida do padre a cada casa para abençoar (e benzer) aquele lar e os que ali vivem.

  • Tudo isto ligado à Ressurreição de Cristo e à celebração da Vida.

  • Para além de todas as celebrações e significados da Páscoa, em Portugal é também uma festa especial dos padrinhos (e madrinhas).

  • Tradicionalmente, para além das amêndoas (porque parecem ovos pequeninos) e dos ovos (símbolo da vida), existe o pão-de-ló e os folares que se oferecem às crianças (especialmente pelos padrinhos).

  • Estes doces também estão em cada casa para receber o Compasso.
    É um sinal de hospitalidade para o padre e os seus acompanhantes (que, para não ficarem embuchados, têm também à disposição um copinho de licor ou um cálice de vinho do Porto).

  • Os folares, como sabem, têm um ou mais ovos dentro - e lá voltamos aos símbolos da Páscoa.

  • Antes da Páscoa, na Quaresma, o tempo é de jejum - evita-se comer carne e a ementa das sextas-feiras deve ser peixe (bem, na verdade, não deve é ser carne) por respeito, pois foi na sexta-feira que Jesus foi crucificado e morreu.

  • Mas como no Domingo de Páscoa se celebra a festa da Ressurreição (voltar à vida, ressuscitar), volta a comer-se carne: cabrito ou borrego, como se fazia nos tempos antigos. E os doces, claro, que incluem todos os tradicionais e os folares, como dissemos.

  • Só mais uma coisa.
    Também acontece em muitas localidades celebrar-se a Semana Santa (a semana em que Jesus foi preso, julgado e condenado) com procissões de velas, à noite, ou representações teatrais (populares) desses acontecimentos.
in, www.junior.te.pt

A Páscoa no mundo


    Os festejos da Páscoa em todo o mundo têm sempre algumas variações nas suas origens e significados.
    Fica a saber como se comemora a Páscoa em vários países do mundo:


  • Na China

    O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os túmulos dos antepassados e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para os deixar satisfeitos com os seus descendentes.

  • No norte da Europa

    Nestes lugares, as tradições da Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos e as brincadeiras com esses ovos pintados, como por exemplo, lançá-los ladeira abaixo, onde será vencedor o dono do ovo que rolar até mais longe sem se partir.

  • Países do Leste da Europa

    A tradição mais forte é a decoração de ovos que se oferecem a amigos e parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior ao Domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".

  • Nos Estados Unidos

    A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo", onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa para serem descobertos pelas crianças na manhã do Domingo de Páscoa. Em algumas cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade e é usado um jardim público para esconder os ovinhos.

  • No Brasil e América Latina

    O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos na madrugada de Páscoa.
    Também é feita a "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho".
in, www.junior.te.pt

O que é a Páscoa?

    A celebração da Primavera

    Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera.

    Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.

    A palavra "páscoa" vem do hebreu "pessah" e significa "passagem", "mudança", refere-se ao êxodo (saída) do Egipto de Moisés.

    Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster).

    Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida.

    Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome de menina Ester também está relacionado, claro.

    Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X.

    O rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecê-los aos seus amigos e aliados.
    Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna.

    A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas.


    A Páscoa cristã

    Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo.

    A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucifixão e ressurreição (Jesus voltou a viver e subiu ao céu).

    A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa.
    A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera.
    Cuidado: isto é complicado de entender...

    Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".

    Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário?

    E para os curiosos, ficam aqui as datas da Páscoa até 2010:
    • 2005 - 27 de Março
    • 2006 - 16 de Abril
    • 2007 - 08 de Abril
    • 2008 - 23 de Março
    • 2009 - 12 de Abril
    • 2010 - 04 de Abril


    A Páscoa judaica

    Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos).

    Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação.

    A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e muito vinho.

in, www.junior.te.pt

Ovos - Páscoa