Translate

domingo, 8 de abril de 2007

Inteligência Emocional - Curiosidades

Inteligência Emocional/Educação Emocional

A teoria de Inteligência Emocional de Daniel Goleman tem como base uma ideia muito simples: além de uma inteligência “intelectual”, nós possuímos também uma inteligência “emocional”, tão ou mais importante que a outra para que sejamos bem sucedidos ao longo da vida.
A inteligência emocional (IE) não é genética, as competências que são mencionadas são mais aprendidas do que inatas. Surge assim, a importância de uma educação emocional desde muito cedo, e esta teoria tenta alterar os sistemas educativos que estão demasiados centrados na “educação intelectual”.


A Inteligência Emocional

“ (…) é a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.” (Mayer e Salovey, 1990)

“A inteligência emocional (IE) é acima de tudo uma forma de inteligência e não uma colecção de características de personalidade, habilidades ou talentos.” (David Caruso, 1996)


Componentes básicos no processo de desenvolvimento da inteligência emocional:

Ø Autoconsciência: observar-se e reconhecer os próprios sentimentos; formar um vocabulário para os sentimentos; saber a relação entre pensamentos, sentimentos e reacções.
Ø Tomada de decisão pessoal: examinar as suas acções e reconhecer as consequências delas; saber se uma decisão é ditada pela razão e pelo sentimento.
Ø Lidar com sentimentos: monitorar a “conversa consigo mesmo” para surpreender mensagens negativas como repreensões internas; compreender o que está por detrás de um sentimento; encontrar meios de lidar com medos e ansiedades, ira, frustração e tristeza.
Ø Lidar com a tensão: aprender o valor de exercícios e métodos de relaxamento.
Ø Empatia: compreender os sentimentos e preocupações dos outros e saber colocar-se no seu lugar; reconhecer as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação a factos e comportamentos.
Ø Comunicações: falar de sentimentos; tornar-se um bom ouvinte e comunicador; distinguir entre o que alguém faz ou diz e suas próprias reacções ou juízos a respeito.
Ø Auto-revelação: valorizar a franqueza e saber construir confiança num relacionamento; saber quando é seguro arriscar falar dos seus sentimentos.
Ø Intuição: identificar os padrões da sua vida e as reacções emocionais; reconhecer padrões semelhantes nos outros.
Ø Auto-aceitação: sentir orgulho e ver-se numa perspectiva positiva; reconheceras suas forças e as suas fraquezas; ser capaz de rir de si mesmo.
Ø Responsabilidade Pessoal: assumir responsabilidades; reconhecer as consequências de suas decisões e acções; aceitar os seus sentimentos e estados de espírito; ir até o fim nos compromissos.
Ø Assertivamente: declarar as suas preocupações e sentimentos sem ira e nem passividade.
Ø Dinâmica de grupo: cooperação; saber quando e como conduzir e ser conduzido.
Ø Resolução de conflitos: saber resolver problemas com outras pessoas.


Definição de Emoção

“Emoções são sentimentos que se expressam em impulsos de forma intensa, gerando ideias, condutas, acções e reacções.” (Daniel Goleman, 1995)

“Cada emoção representa uma diferente predisposição para a acção; cada uma delas aponta-nos numa direcção que já noutras ocasiões resultou bem para enfrentar o mesmo tipo de problema.” (Daniel Goleman, 1997)

“A emoção é um estado complexo do organismo caracterizado por uma excitação ou perturbação, que predispõe a uma resposta organizada. As emoções são geradas habitualmente como resposta a um acontecimento interno ou externo” (Bisquerra, 2000)


Educação Emocional

“Educação emocional é um processo educativo contínuo e permanente que pretende potenciar o desenvolvimento emocional como um complemento indispensável ao desenvolvimento cognitivo, constituído ambos os elementos essenciais ao desenvolvimento integral da personalidade.” (Bisquerra, 2000)

Daniel Goleman é o grande impulsionadro do conceito de IE com a difusão dos seus best-sellers, “Emotional Intelligence: 1996” e “Working with Emotional Intelligence: 1998”.
“(…) as pessoas emocionalmente aptas – que conhecem e controlam os seus próprios sentimentos e sabem reconhecer e lidar eficazmente com os sentimentos dos outros – levam vantagem em todos os domínios da vida, quer se trata da vida amorosa ou das relações intimas, ou de aprender as regras não-expressas que ditam o êxito na política das organizações. As pessoas que possuem aptidões emocionais bem desenvolvidas são também, de um modo geral, as que se revelam mais satisfeitas e eficazes nas suas vidas, dominando os hábitos de espírito que estão na base da sua própria produtividade; aqueles que não conseguem obter alguma medida de controlo sobre as suas vidas emocionais travam constantemente batalhas intimas que lhes minam a capacidade de produzir trabalho continuado e pensamentos claros.”

(Daniel Goleman, 1997)

2 comentários:

Susana disse...

Ando mesmo para investigar mais sobre a inteligência emocional... gostei de ler! =)

Susana disse...

Só mais uma coisa... =)

Estou a desenvolver um trabalho de investigação, cujo tema é: "A educação para a diversidade e para a democracia nos diferents contextos da Infância". Assim, e caso possa pode falar um pouco sobre a forma como aborda/trabalha a democracia com as crianças com as quais trabalha?

Aguardo ansiosamente por uma resposta, com promessa de um feedback posterior, e de total anonimato no trabalho. ;)

Beijinho

Susana_mdias@hotmail.com | http://jardimdospequeninos.blogspot.com/